domingo, 21 de março de 2010

O CONDUTOPATA E CESARE LOMBROSO

O condutopata apresenta ausência de remorso, é egoísta, carente de sentimento, piedade, altruísmo e compaixão. Possui um forte desequilíbrio emocional. Alguns psicólogos entendem que de tal comportamento é porque o indivíduo tem distúrbios na afetividade, no querer, ou seja, não tem domínio sobre a vontade própria, e lhe falta valores éticos e morais. Sobre este ponto de vista é necessário se tomar muito cuidado, pois, dizer que tais indivíduos não possuem vontade própria chega a ser temerário haja vista que ao cometerem o crime deixam um perfil de pessoa com certo grau de equilíbrio, muito embora voltado para a prática do ilícito. O fato de não se preocuparem com eles mesmos e, muito menos com suas vitimas não quer dizer que, quando do fato, agiram impelidos por impulso. A conduta de tais seres advem de deformidades internas que levam a um comportamento alterado e, dependendo do momento vivido pode advir daí o gatilho, ou fator desencadeador, mas não predisponente do ato. Alguns psiquiatras e, também psicólocos defendem a tese de que o indivíduo já nasce com essa doença, está na constituição orgânica. Pode ser hereditária ou adquirida por outros fatores, como falta de oxigenação cerebral no parto, meningite, mãe que teve rubéola durante a gravidez ou um trauma. Também pode se manifestar no filho de um alcoolista, epiléptico ou esquizofrênico. É de se pedir venia a tais profissionais, mas, admitir tal premissa é voltar no tempo de Cesare Lombroso, onde numa época em que o Direito Penal fatigava muito a desvencilhar-se da teologia e da superstição e, onde os estudos antropológico-criminais pioneiros de Lombroso serviram de ponte para a admissão de novos conceitos, principalmente acerca do "criminoso nato", preconizado, pela análise de determinadas características somáticas onde, assim, seria possível antever aqueles indivíduos que se voltariam para o crime. Tal entendimento está ultrapassado...

sábado, 20 de março de 2010

DO CRIME, O CONDUTOPATA

É certo que a Lei nos diz o que não podemos fazer e, diante da norma legal o ser humano procura estabelecer seu papel na sociedade. Tem sido assim desde os primórdios, quando o homem procurou viver em sociedade e, para a sociedade. Neste trajeto a prática do ilícito continua sendo a mesma, so mudando os personagens. Com o progresso dos meios de informação, com uma rapidez incrível, tomamos conhecimento de fatos que aconteceram há pouco tempo chegando, as vezes, a acompanha-los quase que de imediato. Mas, e os personagens destes fatos tidos como típicos? Geralmente são pessoas comuns, de nosso meio, um pai que se apresenta amoroso, um vizinho dedicado, um amigo para todas as horas, uma mulher gentil, um rapaz educado. Assim, misturando-se entre nós outros, ditos como normais, temos os condutopatas; pessoas estas que são movidas por distúrbios de conduta comportamental, que não sofrem alucinações e, não deliram. Tais pessoas simplesmente matam em decorrência do que sentem por si mesmos, nada tendo com o sentimento das vítimas, ou para com a sociedade ficando evidenciado que, de anormal, existe um distúrbio de vontade, tão somente, enquanto que o psicopata é aquele sujeito que não tem a mínima empatia por outras pessoas. Já o condutopata vive no meio social, ama e é amado, estuda e leva uma vida "normal" enquanto ceifa a vida de seu próximo e, como próximo temos os pais, parentes, amigos e, demais pessoas que convivem com tais indivíduos. Necessário salientar que estes seres possuem um padrão comportamental que os leva a matar, na maioria da vezes, sempre perto de onde moram ou trabalham criando, desta forma, para si mesmos uma sensação de poder em relação aos que deles estão próximos.